Eu Plural: Valdir Rangel é titular do blog “Poesia no prato”. Valdir e velho companheiro de pelada e campos por onde deixamos marcadas as passagens dos peladeiros que fomos. Trabalhamos juntos por muitos anos. Trabalhos ainda. O mesmo bom sujeito dos tempos de outrora. Ele gosta de escrever, e se sente bem escrevendo. O seu escrito é uma espécie de válvula de escape desses dias que não nos deixam escapar do lugar comum. Tudo que ele escreve a seguir, também foi visto e vivido por este “malabarista de palavras”. Uma volta ao passado? Pode até ser. Uma volta sem fisicamente estar presente. Aqui e agora. Aprendemos a viver assim. Aqui é o presente. O passado é uma roupa velha que não nos serve mais. O futuro? Ah, assim como o presente, é agora! Valeu, Valdir! – 1berto
VIVA A SAUDADE!
– Valdir Rangel
Entre uma lembrança e outra, surge uma lembrança boa, que se registra em forma de saudade. Não sei dizer se é um sentimento, só sei que ela machuca por dentro da nossa alma.
Os dias seguem rotineiramente e só quem para, somos nós os mortais!
Entre as minhas saudades eu incluo as da CAGEPA de 40 anos atrás.
Saudades como:
Do meu velho cartão de ponto;
Do ponto assinado na sala;
Do fila do restaurante, onde se botava o papo em dia;
Do ônibus dirigido por Carlos;
Do Caminhão de Bandeira;
Da velha maquina de datilografia manual;
Do papel carbono;
Das fichas preenchidas manualmente;
Das festas de confraternização de final de ano;
Dos churrascos do gaúcho;
Das ordens despachadas no bem-estar;
Da boa amizade entre os colegas;
Das lutas sindicais (que nos asseguram hoje as conquistas trabalhistas);
Dos poemas de seu Manuel (Manuca);
Das peladas de Futebol de Salão em Buraquinho e no R-6;
Do informativo da Cagepa;
Dos colegas chamados por Deus;
Dos colegas aposentados;
Etc. etc.
O tempo leva tudo, é como se fizesse um arrastão, arrasta pessoas, costumes e impõe um novo tempo, onde teremos que aceitar as mudanças acontecidas, embora que não tenhamos o direto de apagar as saudades.
Viva a SAUDADE, afinal que não tem passado não tem PRESENTE NEM FUTURO.
OBRIGADO HUMBERTO,
Você sempre abrindo espaço, no seu Eu Plural, para socorrer as nossas necessidades.
continuo cada vez mais fã do EU PLURAL, e também do GESTOR. (O nosso Malabarista das Palavras)
a vontade, poeta. o eu plural é singular por causa disso: ser plural! putabraço!