Gil de Rosa, irmão e parceiro de muitas décadas, hoje, finalzinho da manhã, zapeia-me lá de são Paulo, onde foi espalhar o olhar nesses vinte dias, para saber se este MB estava sabendo de mais essa baixa desse que foi um dos nossos melhores “marginais”. Sabia, zapeando, respondi-lhe, os meus dois leitores são bons repórteres.
- E ai, 1berto, vais falar alguma coisa a respeito dessa partida?
Essa veio de um desses dois citados no primeiro parágrafo destas mal-traçadas. Não, respondi, assim como não posso agora nem quero ir para casa dançar um tango argentino, acrescentei, só me resta sacar o seu – dele – “revolver” lá do fundo do baú, e disparar em direção a esses ouvidos abertos para a vida e o som… da vida!
O interessante é que a lembrança maior desse excelente – nenhuma dúvida – artista que acabou de trocar de roupa e se mudar para outra cidade, se resume no seu “grito primal” de “Canalhas”, naquele distante festival. Infelizmente. Mas Walter Franco vai além. É uma nota fora do lugar comum da música popular brasileira. Walter foi o caminho de muitos que ainda estão por aqui, e de outros que já se mudaram para outra cidade.
E viva Walter Franco!
E viva Arrigo Barnabé!
afinal, aqui, ali ou na serra do luar, viver será sempre afinar um instrumento de dentro para fora e de fora para dentro!
Em tempo: são poucos os que sabem, mas em 1968, Walter Franco participou do primeiro festival universitário da TV tupi, em São Paulo, com a composição “Não se Queima um Sonho”, defendida por… Geraldo Vandré!