Nada melhor para sair de papo cheio de coisas boas que um bom papo. É issono OK que acontece todas as vezes que encontro esse cara. Pausa. Nada de Roberto Carlos. Esse também gosto muito. Não tenho motivos para não gostar dele. Um excelente compositor e interprete como pouco que conheço.
A propósito, segundo – não fui o primeiro – Silvio Caldas, esse que também sabia das coisas, Roberto Carlos é o melhor do Brasil de Emílio Santiago – insuperável –, nascido nos últimos vinte anos. Mas, se a memória não me fala, só lembrando, o Emílio Santiago ainda não havia “nascido”.
Mas como eu dizia aqui e quero continuar dizendo, o papo com esse cara que é a cara nossa, é sempre bom. O astral é tão alto que a vontade que se tem é a de subir nele – nesse astral – e de lá nunca mais descer. Sai de tudo num papo assim. As lembranças do passado, porém, estão sempre presentes. Respondem presentes sem que mesmo precisemos chama-las.
Foi assim com Sivuca. Esse apenas um entre os muitos presentes num papo que passou pelo cinema, campo de futebol, literatura e – não poderia deixar de acontecer – música.
Na parede, seguindo em direção à eternidade, todo equipado, num barco feito de sonhos, o nosso inesquecível irmão Lauro, o Professor, o Lau Gracinha e outros carinhosos apelidos pelos quais eram chamados pelos amigos quando por aqui morava e vestia essa roupa que ainda vestimos, tudo ouvia e permanecia no seu eterno silencio.
Lembrei: fotografia, música e perfume. Esses trios inesquecíveis nos fazem lembrar de velhas historias e belos momentos. Esse foi ele. E razão eu lhe dou. Música e fotografia. Esses são especiais. O perfume estava no ar. A dupla música e fotografia, repito, é mais forte. A memória insiste em não largar a fotografia e a música.
Foi no distante dia 14 de dezembro ano de 2006, ele por aqui, o Sivuca não, esse acabara de trocar de roupa e se mudar para outra cidade, falo desse Cara que ainda morando na sua sempre lembrada Ji-paraná, cidade que adotou por muitos anos, décadas, e por ela foi adotada, devagarinho, assim como não quisesse nada, fotografou a roupa de carne e osso que Sivuca por aqui deixara. Nem sei se ainda hoje ele guarda essa triste lembrança. Disse triste, mas, sinceramente, hoje não a vejo tão triste assim.
Depois conto mais sobre o papo. Depois. Agora, manhã de um sábado chuvoso, é dia de sair por aí, dando uma passeada com os belos Livinha e Julinho. Tudo bem. Para os mais próximos, alguns cada vez mais distante, mostrarei as fotos e contarei sobre passeio sabatino.