ESSES IPÊS AMARELOS DA LAGOA PASSAM EM BRANCO DIANTE DOS MEUS OLHOS!

ESSES IPÊS AMARELOS DA LAGOA PASSAM EM BRANCO DIANTE DOS MEUS OLHOS!

MEU DEUS! Não aguento mais essas fotos dos ”ipês amarelos” do Parque Arruda Câmara, a nossa suja lagoa! E juro que não me importa a cor amarela se espalhando pelo “entorno” – não aguento mais a palavra! – da lagoa! Não tenho nada contra a cor!  A cor depende do nosso estado de espírito!

Não é que não goste do ipê, não gosto mesmo é das fotos que tiram com ou sem ipê, essa árvore que não merece a atenção de ninguém quando não está amarelando em flores! Agora, somente porque está fazendo aquilo que não poderia deixar de fazer, abrir-se em flores amarelas, recebe uma atenção que faz morrer de inveja o mais belo dos baobás!

Abro o jornal e o amarelo somente não se espalha em meus olhos porque, felizmente, ele, o jornal, não está impresso em cores! E as fotos?! Meu Deus! São as mais diferentes  e em péssimos ângulos. Mas, nesse caso, nenhuma surpresa: os “selfies” são feitos geralmente por aqueles que não tem noção de fotografia! Ângulos e enquadramentos são o que menos importa para eles!

O único objetivo dos “selfiados” – tudo bem, a palavra não existe, mas  fosse o Guimarães Rosa… – é a exposição, narcisistas que são nesse espaço mais “face” que “book”!  Ah, também não estranhem: duvido que Narciso não esteja presente em cada olhar perplexo  dos “selfiados”!

Mas, como espalhei no começo desta mal-traçadas, não é o amarelo dos ipês em fotografias mil que me aborrece. Uma coisa, apenas uma, um dos meus dois leitores ou mesmo os dois nunca verão aqui espalhados: os meus olhos amarelados de Narciso numa fotografia sob um ipê amarelo somente flores!

Tudo bem, triste do amarelo se todos gastassem do azul. E  esse  por sua vez, se todos vissem apenas em preto e branco! Mas, sinceramente, vocês que se desmancham em sorrisos sem graça debaixo de uma árvore de somenos importância não me queiram mal por não gostar de amarelar debaixo dela. Nunca amarelo! Sou negro ou preto! Escolham. Amarelar em tempos assim, ipês se abrindo em flores, é coisa de japonês!

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