# – O meu amigo/irmão/parceiro Gil de Rosa tem umas sacadas geniais. E, entre essas, pensando aqui agora, fora da minha ilha cercada de livros e discos e filmes por todos os lados, foi aquela em que respondeu poética e musicalmente ao amigo que lhe dizia não valer a pena “fazer o bem”, plantando poemas e cantando os referidos nas manhãs de todos os dias.
Gil e Rosa, Marta Nascimento e Banda, para não esquecer de lembrar, porque por lá estaremos, a Rosa e eu, estarão se apresentando amanhã, sexta-feira, dia 20 (para guardar bem), estarão se apresentando no Budega Café. O endereço está aí. E o terceiro show nestas plagas parahybanas, depois da longa vida (uns 40 anos) pelas plagas paulistas. Se vale a pena assistir? Assistimos a todos. Vale e muito. Estão convidados.
Agora, pensando bem, respondo que ás vezes, meu bom irmão, pela ingratidão que grassa esse lixo de mundo, parece que não vale a pena mesmo. Nunca vi tanta ingratidão no mundinho pequeno desse de merda!
# – A propósito, lembrando o Samuel Johnson, aquele que foi mordido um dia pelo “cão negro”, essa peste depressiva, ele disse um que a gratidão é um fruto de grande cultura. E que essa não se encontra entre gente vulgar. Mas não é que o sujeito tinha razão? Os ingratos, sem S – leia-se “exceção” –, são uns vulgares. Tô cheio deles! Estamos. Sobretudo nós que não somos vulgares.
# – No seu LP Muitos Carnavais, de 1977, ano que passou tão rápido quanto os meus últimos quatro anos, bem vividos, apesar da troca de roupa e mudança para outra cidade dos meus mortos, os meus queridos mortos, irmãos e amigos, Caetano Veloso, mais carnavalesco do que nunca, também mais Bethânia do que nunca, canta a sua alegre e divertida “Filha da Chiquita Bacana”. Uma musiquinha igual a muitas. Mas, confesso que gosto muito dos versinhos “Nunca entro em cana porque sou família demais… /Puxei à mamãe, não caio em armadilha … /E distribuo banana com os animais”.
Arretado! Também sou muito família! Acho que é por isso!
# – O excelente endocrinologista João Modesto foi o entrevistado nesta manhã de quinta-feira. A entrevistador foi a âncora (meu Deus!) Do programa Bom Dia/PB, Denise Belmiro, substituta da mineira Patrícia Rocha. Não assisto, mas, quando isso acontece, é por acaso.
Não tinha a menor simpatia pela Patrícia Rocha. Não tenho. Mas, com a Denise… também não. Se numa faltava – falta ainda – o chamado “fio terra”, nessa tem “fio terra” demais. Eis a primeira e inteligente pergunta feita por ela:
- -A preguiça é uma doença ou frescura?
(Frescura ???!!)
Que entrevistadora arretada! Foi mais ou menos isso. Doeu tanto quanto essa sua – dela – insistência ululante (sic) em usar o “está de boa”.
Tai no que dá tentar colocar quem é da rua dentro de casa. Denise é repórter de rua. E fim de papo. É o contrário do muito bom Hildebrando Neto que joga e muito bem em qualquer posição nesse campo. Preparem melhor a “menina”, pelo amor de Deus!