O CORONA

Assim mais que repente a colega de sala disse que iria curtir suas férias em Portugal e Espanha. Meu Deus! Essa foi a expressão primeira daqueles que lembrar que o corona também resolveu por esses países passear. Agora parece que é de casa. Antes, porém, pulando de um galho para outro, deixou o seu rastro pelas ruas e atalhos da história Itália. A colega, porém, nem aí está para esse bicho cheio de pontas como aquele sujeito que nascem na vizinha cidade de Santa Rita. Vou levar luvas para as mãos e lenço para os narizes.  Se não fosse para cobri os referidos, serviriam para quê? Ela não disse o que levaria, nem a pergunta aí por mim foi feita. Mas é o medo que nesse momento ronda os colegas de sala e outros que salsa outras ocupam. Enquanto todo mudo corre desse bicho feio, ela vai ao seu encontro com lenço no nariz e luvas nas mãos. Não tem medo do bicho? Ela sorri. Só faltou responder que o bicho não é tão feio quanto se pinta por aí. Vai a Espanha e Portugal. Se ele, o corno, por lá estiver, como de fato está, ela irá fazer de conta que ele não existe. Tudo uma invenção da mídia. O corona é uma invenção para americano medicamento. Não entendi. Se tudo começo na china, como dizem por aí, o que o americano tem a ver com a sua – do corona – invenção. Ela não sabe responder. Nem eu. A verdade é que se você se arvorar a dizer que ela escolher o momento errado e lugar para ir mais errado ainda ela não acredita. Tem mais: fica com aquele ar de quem não sabe o porquê de todo o mundo odiar o corona. Nesse exato momento ela só n ão está sozinha porque o corona está de olho nela. A colega que a acompanha nem manda notícias nem entrega o lugar onde as duas – uma e outra – estão. Tudo grampeado, disse, é abrir só abrir a boca para o corona tudo gravar e usar o gravador para extorqui-las. Tem mais: não aceita delação premiada nem se para o mal que ele transmite existisse uma vacina. Mas que danado ela foi fazer nesses países se agora nem precisaria de aqui sair para encontrar o corona? Agora a coisa empestou. Se correr o bicho pega, se ficar ele come e não sacia a sua fome. Se tenho medo dele? Falta-me ar quando penso que ele pode estar a me esperar na próxima esquina ou numa dessas curvas que a gente faz para encurtar o caminho de volta para casa. Vade retro, corona! A nós basta o vírus do Ipiranga!

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