“Não preciso de palavras para descrever
o meu silêncio.
Nunca.
Palavras? Palavras, palavras, palavras.
Apenas.
A palavra é pedra no caminho do meu silêncio.
Ela faz com que ele nela tropece e caia.
barulho.
Perturbe o menino que dorme na rede do tempo.
Um tempo que não conseguiu ainda pescá-lo.
O meu silêncio não grita para acordar as manhãs.
Boceja quando a noite chega.
O meu silêncio adora reticências.
Brinca com os seus pontos cheios de mistérios.
Pula-os como se brincasse de academia.
Ah, como grita esse silêncio dentro de mim!”.
- P.A