- Sonho um dia em ver o meu rio Jaguaribe limpo como a cabeça do menino que ali tomou banho e bebe sua água sem o risco de abreviar a vida dele. Hoje o Jaguaribe é um rio cheio de promessas e de poucas esperanças, essas últimas a morrer, mas que morrerão um dia! Uma pena!
– Tem algumas pessoas que nasceram para entrar pela porta da frente do nosso peito varonil, essas que valeram a pena ter nascido. Mais ainda: conhecer e gravar na memoria das nossas retinas!
– São tantas essas pessoas que só cabem mesmo em nosso silêncio, esse capaz de tudo conter sem que uma palavra só seja dita a respeito de sua existência! Existem apenas para isso: dividir o silêncio com a gente!
– ontem, sem querer e dessa vez querendo, assisti mais uma vez ao Casablanca, um dos meus filmes preferidos que conta a história Rick, Ilsa e Laszlo, três românticos inveterados que se encontram na hora errada e no filme certo!
– A propósito não posso esquecer que um dia o “guerrilheiro cultural” do meu bairro Jaguaribe, Pedro Osmar, após assistir a esse clássico pela primeira vez, emocionado, confessou-me ser Rick em carne e osso. Eu sou esse cara, disse-me naquele dia. Então, tá.
– Amanheço em mim e o sol lá fora se encontra ainda dormindo. Um Sol com preguiça de acordar. Um sol preguiçoso. Enquanto isso, a manhã se espalha no meu quintal trazendo esperanças debaixo de sua barra feita com o sereno da madrugada!