Daqui vejo flores. Um dia escrevi que as cores das flores quem pinta são os olhos. Os nossos. A flor, diferente do arco-iris e do luar, poético exemplo, perdoem a falta de modéstia, não precisam dos nossos olhos para existir. Mas a flor aqui, nesse exato instante, só existe porque existem esses olhos que vêem essa flor. Embora existam fenômenos que dependem exclusivamente deles – dos olhos – para existir, alguns não fenômenos deles dependem desses olhos também. Sem eles, os olhos que a descobre, como saberíamos de sua existência? Ah, garçon, aqui nesta mesa de bar… Mais uma.