Vinicius de Moraes era o branco mais preto do Brasil. O próprio era quem dizia. Agora, nesse momento, escuto o Vinicius letrista de música popular. O poeta agora é letrista. Todo ou quase todos sabem. Muitas de suas letras – antes mesmo de letras serem – eram poemas. São poemas. O seu parceiro o, esse mais presente, os musicou. Poemas musicados. Musicais. São muitos. Eu gosto.
Mas, entre esses, o Dia da Criação, com todo o respeito ao seu criador é um saco! Pausa. Ninguém ou quase ninguém ousa dizer que um poema de Vinicius de Moraes é um saco. Eu digo. Monstro sagrado? Nem que fosse o do lago Ness!
Essa história de “há um padre passeando à paisana porque hoje é sábado” é de uma besteira indescritível. Ora, padres passeiam hoje à paisana todos os dias!E a cansativa repetição do “porque hoje é sábado” é para deixar qualquer um ficar puto com esse dia e amanhecer louco no domingo de manhã!
“Há um frenesi de dar banana porque hoje é sábado?” . Meu Deus! Sinceramente. Fosse este Malabarista de Palavras criar versos assim, embora hoje não seja sábado, mas domingo, estaria ele usando “camisa de força” e “hospedado” no velho Juliano Moreira!
Um saco! E nada tem a ver com o dia de sábado: hoje e domingo!