Eu juro que não queria começar estas mal-traçadas assim. Pausa. Assim como? Perguntariam a este Malabarista de Palavras. “Todo flash light”. Responderia com a resposta que seria a dele. Mas assim eu começo. Somos o que somos. Ele e eu. Sintam. Procuro ser o mais claro possível. ão estamos naquela versão bíblica do ” eu sou o que sou”. Nós somos. Ele é.
Sou o que sou é coisa mais maior de grande. Diria o saudoso Gonzaguinha. Tivesse o vasto conhecimento do Druzz, diria em hebraico” אֶהְיֶה אֲשֶׁר אֶהְיֶה”. Foi a resposta de Deus usada na Bíblia hebraica quando Moisés perguntou seu nome. Estou falando em nós. Esses dois que estão aí com os rostos originais que temos. Por que o assunto de conversa? O papo que batemos sobre os sapos e sapas que se expõem no Facebook com caras de príncipes e princesas.
Esse é um defeito que carretamos nos ombros sem que eles nos pesem como os mortos do poeta no lado esquerdo do peito. Nada de mostrar o que não somos. Nada de querer ser o que a coação não guarda e o rostos não mostra. Essas são as nossas caras, sem quaisquer fotoshop ou coisa que o valha, da manhã quando nos levantamos ao deitar de nossas cabeças num travesseiro sem as marcas do peso de nossas consciências não temos essas pesadas. Ouro efeito de família.
Outro dia a Rosa minha, essa que também se mostra de corpo e alma sem o auxílio luxuosos dos melhores cosméticos, seja essa mostra no facebook ou no zap-zap, comentávamos sobre os novos que conhecíamos em fotografia num desses espaços e, mãos espalmadas faz-se o espanto, nos deparamos com rostos destruídos de dez corpos. Em sínteses: no facebook, a foto é do filho ou da filha; fora desse é avô ou avó que não conhecíamos.
Não acontecem com esses dois irmãos que se parecem em quase tudo que parece entre eles é possível. Somos o que somos. Repito. Não direi outra vez. Não serei redundante, mas direi que estamos aí, caras limpas, em cima da hora, sem sermos ponteiros, em paz com o tempo e orgulhosos das ruas que conquistamos. Foi uma luta. Mas, pouco a pouco, amigo das horas e aprendendo com o tempo, terminaremos a nossa passagem – não acredito em outro – passagem por aqui sem nada dever a Chronos.
Sinto que nascemos para sósias! ABS.