Vai com Deus, Juquinha

Vai com Deus, Juquinha

Assim está sendo demais para este coração que bate no ritmo que Ele toca. Não bastasse a despedida inesperada dos meus, não bastasse a mudança apressada deles sem tempo sequer para pegar o chapéu no cabide, sem tempo de pagar a conta de luz no final do mês, agora foi Juca Pontes, o amigo dos bons tempos da EM DIA do não menos bom Guy Joseph.

 Todo mundo falou, o mundo – o nosso – escreveu tudo o que bom Juquinha – era assim que este MB o chamava – tinha de melhor. O mínimo ruim dele era bom. Não me veio à cabeça a lapidar frase machadiana do que “agora que ele morreu, pode elogiar”. Pausa. Também não vou repetir o velho chavão de que “os poetas não morrem, se encantam”. Nunca quis os meus poetas encantados. Eu gosto de tê-los mortais, próximos deste MB mais mortal do que nunca. Imortal? Somente Deus. Melhor: a imortalidade não se aplica a Ele.

Nem por aqui estava. Um pouco longe.  Na praia dos carneiros. Mas perto dos amigos. Sempre.   Senti. A notícia me pegou caminhando por aí como sempre tem acontecido na partida dos amigos.  Sei não, sei não, sei não mesmo. O que se tem e tinha de ser dito sobre Juquinha foi dito pelos amigos. Muitos.

Uma lembrança? Éramos quatro: este MB, João Lobo Maia, Aldo Lopes e o nosso inesquecível Juquinha. Éramos quatro a descobrir novas manhãs Em Dia.  Outra? Ora bolas, Juquinha, são muitas. Vai com Deus.

 

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