Escritor tem dessas coisas. E outras. Mas, quase sempre, essas coisas e outras que acabei de falar culminam na realização daquele que escreve. Um prazer! No final do romance é aquele sentimento do “prazer” conquistado. Sente-se. Mas que isso: ver-se no olhar do autor o ponto final da procura e o começo do prazer.
Ele sabe o que está escrevendo e porque escreve. Um escritor. É antes mesmo da “formação” universitária. Ele me diz que está empenhado – terminou, busca a publicação, sem pressa – no seu “livro armorial”. Assim de repente ele me traz a lembrança e experiências primeiras do “irônico e hilário e genial” Ariano Suassuna.
M ais que de repente lembrei ainda a ultima vez que vi o autor da “Pedra do Reino” ainda morando por aqui e vestindo a mesma roupa que ainda visto. Falava pelos cotoveloEs. E justamente no movimento que criou. O Armorial. Era o erudito com base no popular.
Vou esperar. Vamos. Mais um romance armorial. Se é novidade por aqui? Fica a expectativa. Só uma ressalva: Ariano tem o seu estilo armorial firmado em nossa memória. Ele, conhecedor também da obra de Ariano, tem o seu. Aguardemos.
Em tempo: a ilustração do livro, como não poderia deixar de ser, terá apenas Xilogravuras. Uma arte que tem tudo ver com o Movimento Armorial de Ariano Suassuna. Se Ariano por aqui morasse, sabendo do livro, faria questão de prefaciar. Ou não.