ela não economiza palavras: trabalho na caixa!

ela não economiza palavras: trabalho na caixa!

ela vive a “trabalhar” na porta – “na” mesma –   da caixa econômica. aquela que fica fazendo bico – gostei – entre as ruas treze de maio e padre meira. acho que é isso mesmo. aquela que dá as costas para a antiga loja maia que hoje virou uma sem graça luiza. não tem uma vez que o sujeito se aproxime daquela casa de explorar pobre e tomar conta do dinheiro do rico que ela não faça o seu papel (não o moeda): “um dinheirinho pra mim”. às vezes nem pede. não pede porque não é preciso. dia desses estava com a cara feia – o seu natural – para uma venezuelana que acabava de ali aportar com um uma criança a tiracolo. o motivo? atrapalhava o seu “trabalho”.  outro dia a encontrei dentro da caixa. isso mesmo: não uma caixa qualquer, a econômica. pouco a pouco ela se aproxima do caixa-humano. as outras estão próximas. se acho constrangedor? pra quê mentir? acho. o pior é que outro dia estes ouvidos exigentes ouviram um senhor aparentando entender do riscado perguntando-lhe se não era aposentada. e caso não fosse ele a aposentaria. a resposta? “é da sua conta?!”.  não se referia ao cliente da caixa. mas a “conta” de vida do senhor. em síntese: é aposentada. porém, como muitos dizem e defendem esse tipo de trabalho, precisa “trabalhar”. a aposentadoria que recebe é pouca. fosse viver “apenas” dela, morreria de fome. fazer o quê? agora que é constrangedor é. eu acho. fim de papo.

.

Compartilhar...Share on FacebookTweet about this on Twitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Required fields are marked *

*


× 2 = doze

Você pode usar estas tags e atributos de HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <strike> <strong>