Mesmo não sendo réu, confesso: passei o dia todo nesse estado que muitos chamam de “morgação”. Mas cuidado para que as coisas não sejam confundidas. Nada a ver com a droga do carnaval ou tipo outro de droga. Aquela. Essa nunca me afetou nem afetará. A lerdeza e a preguiça que sinto, embora não sabendo quem está fazendo maior efeito, vem mesmo desse carnaval que encerrei ontem. Por que ontem? Porque foi justamente ontem que o meu carnaval terminou.
A verdade é que nunca mais como acontecia antes no meu bairro Jaguaribe fui aquele carnavalesco do “tomara que chova carnaval três dias sem parar”. Hoje nada de zanzar por aí nesses últimos dias de carnaval ainda para muitos. Em casa. Lendo ou assistindo a velhos filmes. Por que velhos? Ora, porque os novos não bons e os bons não são novos!
Mas faço questão de ressaltar que nem às ruas sairei. Decidido: o meu carnaval durou só um dia! E pela televisão? Ora, se o meu carnaval de rua durou apenas um dia, esse da televisão não aguenta um desfile enfadonho de uma escola de samba de qualquer grupo desses aí!
O meu carnaval eu faço no salão que carrego na memória somente confetes e serpentinas!