blá, blá, blá e… blá!

blá, blá, blá e… blá!

A corona (ou ele mesmo, o corona, escolham) não somente mudou as pessoas. O mundo.  Mudou também .  Mundo, mundo, esse vasto mundo para este sujeito que não se chama nem quer ser  de Raimundo chamado. Esse, depois da Covid,  não será mais o mesmo.  Não é. Pelo menos nas pessoas uma mudança está à vista (nada de prazo).  Um exemplo ? Aprendemos que as mãos devem estar sempre limpas. Mas não precisamos fazer como Pilatos. Aqui é outra história. Mais uma.

 Aprendemos que não podemos – mesmo aqueles que acreditam  no seu (lá deles)  “bom hálito” –  falar “bocalmente” na cara do outro. Aprendemos sobretudo que a homem não passa de um insignificante inseto  que pode ser eliminado por um bichinho  tão pequeno que nunca será visto a olho nu. Se vestido ainda  bem. Um bom microscópio serve de óculos. Pega bem. 

Se eu mudei? Todos os dias temos a obrigação de lutar para sermos um sujeito melhor. Um projeto melhorado desse projeto-homem de Deus que não deu certo. Por isso estou sempre me guardando para quando o carnaval da minha vida começar. O meu carnaval. E não estou nem aí para os que  acham que esse carnaval  poderia ser guardado para depois da pandemia covidiana. Nenhuma preocupação.

Se não sei de todos os meus defeitos a culpa não é minha. Mas os que reconheço que são muitos e os mais diferentes procuro melhorá-los. Assim como os erros que estou cometendo todos os dias. Não são erros que não se possa corrigir. Podemos.  Agora eu é   que não quero nem pretendo  corrigir erros que trouxeram a minha vida até aqui.

Por que mudar o rumo do barco se as velas dele estão afeiçoadas  com o movimento dos ventos ? Se posso deixar que ele siga livre, leve e solto , enquanto aproveito essa paz e segurança para pescar o  peixe que me alimentará ?

 Na verdade, estou apenas  lutando para buscar uma nova e bela manhã.  Ela chegará!  Não sou tão pessimista assim. Mas esperar que todos os dias os botões do jardim do meu peito amanheçam abertos em flores ? Nunca! Nem que as rosas se fechem com o chegar da noite ? Ah, essas é que não quero mesmo

 O melhor é que tenho amanhecido tão bem que às vezes brigo comigo apenas pela alegria de voltar a fazer as pazes com esse sujeito que comigo brigou. Se é bom ? Vocês não imaginam! Tão bom quanto botar a cabeça  no travesseiro e sonhar que esse é feito apenas de nuvens de algodão. Não aquelas carregadas que se destroçam em raios e relâmpagos. Mas  daquelas leves como  sonho de criança.

 Estou pouco a pouco caminhando para isso: descansar a cabeça das coisas que vi nessa caminhada e aproveitar tão somente o que os olhos não veem.  Deixar tudo lá dentro boiando na imaginação. Nem aí para os que não sabem que o caminhar é mais importante que o caminho. Ora bolas! O caminho é visível e a caminhada sentida.

Estou nessa. E quem desejar viver e falar de outra maneira  que aproveite bem o dia. Pois a Rússia e a Ucrânia podem impedir que o galo cante anunciando uma nova manhã

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