se todos fossem iguais a você o mundo teria apenas uma cara, seria comum e chato!

se todos fossem iguais a você o mundo teria apenas uma cara, seria comum e chato!

CARNAVAL fora de época? Eu pulo!

carnaval rosta e turma

1 – E o carnaval fora de época do Rio de Janeiro e São Paulo, hein? Sinceramente. Nunca vi um carnaval tão vazio de confete pedacinho colorido de saudade e serpentina cobra se arrastando pelo chão da alegria. Se na sua época o carnaval se tornou um fracasso – por aqui o nosso começa na quarta-feira de cinzas -, fracasso, fracasso, fracasso, afinal, por te querer tanto bem e me fazer tanto mal, imaginem nessa fase Covid e dengue e outras pragas mais.

 Sei. Não sou um sujeito que se possa chamar de carnavalesco de corpo e alma e fantasia. Mas duvido que a alegria desse carnaval fora de época seja a mesma – embora não tanta – que se espalha por aí num carnaval de verdade. O melhor é que logo depois desse carnaval sem graça, vem um aí um também nada engraçado  e dividido em Zonas.  E botem zona nisso.

 NA VEREDA Guimarães

guimaraes

 

B – Vez por outra, para desopilar e tomar gosto na próxima leitura dou uma visitada nas “veredas” do Guimarães Rosa. Agora mesmo estou fazendo isso. Ou melhor: parei porque acho essa sacada guimarãesroseana arretada de boa. Qual? Deixa-me olhar… Essa: “De primeiro, eu fazia e mexia, e pensar não pensava. Não possuía os prazos. Vivi puxando difícil de difícil, peixe vivo no moquém: quem mói no asp’ro, não fantasêia. Mas, agora, feita a folga que me vem, e sem pequenos dessossegos, estou de range rede. E me inventei neste gosto, de especular ideia. O diabo existe e não existe? Dou o dito. Abrenúncio” 

Abrenúncio?! Esconjuro (só rio)!

 A VOZ do povo não é a deles

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E – Assisto a televisão olhando nos olhos de quem fala e sobretudo ouvindo a voz dono ou dona desse olhar. Assim, pouco a pouco, ainda da minha ilha cercada de discos e filmes e livros por todos os lados, logo identifico o dono da voz e, por ela, sei dos olhos desse dono.

Duvido que mesmo ouvindo apenas sua voz e não vendo a dona da mesma, este MB não identifique que, por exemplo, a Denise Belmiro seja a dona dela. Uma boa moça, mas dona de uma voz que não é boa.

Assim também  faz um bom tempo que evito ouvir a voz do “Isso está certo, Arnaldo?”, o Galvão Bueno. Confesso, mesmo não sendo réu: tenho evitado ouvir a voz que não é boa dessa boa moça. Um fono? Não! Dois ou mais ela precisa.

E o repórter “gago” Antônio Vieira? Não estou falando mal – não sou mau – deles. Apenas tentando ajudá-los, tentando, me entendam, por favor. Se vão melhorar um dia? Ah, vão! Mas somente no dia em que essa titica de seleção do Tite provar que é mesmo a seleção desse sofrido povo brasileiro viciado nesse circo e no pão de ontem.  

 AINDA com Tama Starr?

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R -Tá danado! Lá vem este MB de novo dizer que está lendo pela vez primeira o livro da Tama Starr, e não aguentando curtir sozinho as besteiras – a época? tudo bem – nele escritas contra as mulheres por esses “pensadores” geniais vem com mais uma citação para os meus dois leitores.  O livro? A voz do dono (cinco mil anos de machismo e misoginia). 

E o epitáfio sugerido pelo patriótico poeta e satírico John Drayden para a sua – dele! – esposa? Conto, dois pontos: “Aqui Jaz minha esposa: muito bem! Assim ela repousa, e eu também”. Sacana esse inglesinho sem graça, não?

 NO OFICINA falando sobre o dono do “Concerto”

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T –   Oitava na peneira? Não. Eu tava no bairro do Bixiga. Todos sabem onde fica. Ou quase todos. Assim, para que esse “quase” não me perguntem, entrego o “onde”: em são Paulo. É aquele famoso bairro do famoso Adoniram Barbosa.

A curiosidade é aguçada. Aquele ali é o “teatro” de Zé Celso? Era. Ou melhor, dois pontos: é. Incrível!  O mesmo que desde o final dos anos 50 ainda continua com as suas cordas e túneis que deixam o espectador numa eterna e nervosa expectativa? Sim, esse  mesmo! Que maravilha!  

Mas não encontro o inquieto e irreverente e sacana-bacana José Celso Martinez Corrêa no seu teatro.  Vi o referido outro dia na Praça da Sé. Nesse dia os atores encenavam uma peça que não vi o nome nem perguntei. Se a memória não me falha, estavam ensaiando e prontos para uma viagem pelo mundo antigo. Ou novo. Por aí.

 Posso assistir ao ensaio? À vontade.

De onde sou? Jaguaribe. ????. Onde fica esse Estado?! Não é um Estado, mas uma República independente da capital da parahyba.  Ah, então você é parahynano da terra do Geraldo Vandré? Não. Sou jaguaribense do Estado de Vandré. Riram. Em seguida, conto a história que eles me contaram.

 UM Vandré no Bixiga sem nada de Lixa

vandre e eu DOIS

 O – O nosso octogésimo sexto – um velhinho – Geraldo Vandré morava bem ali pertinho. O edifício é velho e mal-acabado. Lá em cima, no ultimo ou penúltimo andar. O edifício não é tão alto assim. Os artistas do Oficina ensaiavam e, vez em quando, davam uma saída para “flagrar” esse quase mito para muitos. Um mito verdadeiro. Mas quase.

E aí? Perguntei-lhes curioso, e um deles me respondeu, contando essa história. 

Essas vezes aí que disse “vem quando” nunca deram certo. Vandré insistia em somente sair do seu “apertamento” quando tinha a certeza de que olhos curiosos não estavam abertos para fora.  O mais novo dos atores presentes, mais curioso que os demais, me perguntou se ele era assim na própria terra. Respondi-lhe que às vezes também. Era desconfiado e espantando como aquele gato que acabou de sair de um saco de… gatos.

Não fazia muito tempo, lembrei, ali na esquina do velho e hoje invadido e inútil e perigoso – queira Deus que não caia em cima de quem não merece, e eles não merecem – edifício da Nações Unidas – nações unidas, jamais serão vencidas -, mostrei ao meu bom irmão Paulo de Almeida – não apresentei – quem era o autor da bela “Pequeno concerto que virou canção”. 

- É aquele mesmo?!

Era.

Paulo se aproximou, mas o estranho Vandré saiu em Disparada.  

Como é bom passear em são Paulo!

1BERTO DE ALMEIDA – não acredito em políticos honestos, mas que muitos não existem, muitos mesmos, disso eu tenho certeza.

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