a tarde cai de mansinho. um cachorro late ao lado. um latido sem graça. um latido que não me diz nada. tudo bem. não entendo a língua dos cachorros. nem do cão. sei. esse é fogo para se entender. não quer conversa. não quero conversa com o cão.
a mocinha entra na sala e sorri. um sorriso sem graça. sorrir por sorrir, apenas, não tem mesmo graça.
uma folha cai do jambeiro. dança no ar. assisto ao seu – dela – balé pela janela da sala de trabalho. a minha. os mesmos movimentos. nada de novo no balé de uma folha de jambeiro caída numa tarde que de mansinho cai…
ah, que vida besta meu deus!